domingo, 1 de junho de 2014

Como considerar o plano de saúde no salário

Qualidade e custo do benefício podem ser decisivos na hora de escolher entre duas propostas de emprego

O plano de saúde corporativo é um dos mais importantes benefícios oferecidos pelas empresas. É um salário indireto. Apesar de não poder ser contabilizado no contracheque, deve ser levado em conta na hora de se analisar uma proposta de emprego ou comparar ofertas de duas empresas.

Segundo o gerente de Recursos Humanos da Cummins Brasil – empresa de produção de motores –, Milton Bezerra, a assistência médica é um dos benefícios mais valorizados pelos funcionários. “Sempre há essa preocupação, mas também depende muito do perfil do funcionário”, afirma. Para ele, principalmente quando a pessoa tem uma família e está buscando estabilidade, o plano de saúde é algo bastante considerado.
Na opinião de Anderson Souza, gerente de Recursos Humanos do Grupo Nova Visão Humana – consultoria especializada em Recursos Humanos e Gestão de Pessoas – , os empregados dão mais valor a benefícios como vale-refeição e vale-transporte. “Esses podem ser convertidos em dinheiro, o que para eles é mais importante.”
Oferecer um plano de saúde é um diferencial da empresa no mercado de trabalho. É uma forma de reter e atrair mão de obra. Entretanto, a maioria das empresas já incorporou a assistência médica como benefício básico. “Vale-refeição e cesta básica chamam mais atenção. O funcionário já imagina isso no seu orçamento”, analisa Anderson.
Escolha
Ter assistência médica é um dos fatores analisados pelo funcionário na hora de escolher se ficará na empresa, ou quando está buscando oportunidades no mercado. Apesar de não poder se convertido em dinheiro, como o vale-refeição e vale-transporte, o plano de saúde é essencial. Para Milton, as pessoas que pensam em converter os benefícios em dinheiro geralmente são aquelas com um salário base mais baixo. “Nos níveis mais altos, os profissionais não têm muita preocupação com isso, mas sim com a família. Por isso, se importam com a assistência médica.”
Anderson Souza acredita que, quando um funcionário vai trocar de empresa, dificilmente ele mensura o plano de saúde como benefício. “Não pode ser convertido em dinheiro, é como se não valesse. Ele nem quer saber o tipo de plano. Isso é irrelevante.”
Mas Milton Bezerra alerta que a modalidade da assistência médica oferecida é algo que os candidatos devem prestar mais atenção, para não serem prejudicados. Principalmente quando a diferença de salário entre duas propostas não é tão significativa, a qualidade e o custo do plano de saúde podem ser critério de desempate. . “Quando um funcionário está comparando empresas, isso faz toda a diferença”, diz Milton.
Veja algumas dicas de como analisar o plano de saúde oferecido pela empresa
Tipo de plano
Corporativos – Possuem redes credenciadas mais amplas e maior presenças nas cidades.
Medicina de grupo – Costumam oferecer centros médicos com várias especialidades.
Seguro saúde - Oferecem reembolso, o que é útil especialmente para quem tem médicos de confiança e não gosta de optar pelos profissionais indicados pelo plano. Cada seguro saúde tem regras e valores específicos para reembolso. Alguns cobrem 100%, outros parcialmente. Verifique e compare os valores de reembolso.
Escolha do tipo de plano de saúde
Algumas empresas permitem que o empregado escolha qual a abrangência do seu plano de saúde – desde uma modalidade básica, normalmente com acesso apenas às áreas ambulatoriais de hospitais, até os mais completos, com apartamentos individuais e lista ampliada de hospitais e laboratórios conveniados. Pergunte se a empresa permite essa opção, ou se obriga a escolher o plano atrelado a seu nível hierárquico.
Valor e o tipo de contribuição do funcionário ao plano
Cada empresa, e cada plano de saúde, tem suas próprias regras. Algumas companhias cobrem totalmente os custos. Outras estabelecem um valor fixo de desconto. E ainda há aquelas que optam pela coparticipação (o funcionário paga uma parcela da consulta e a empresa complementa).

fonte: Patrícia Lucena, iG São Paulo 

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